quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O que rolou na 27ª Oficina de Música de Curitiba

De 18 a 28 de janeiro participei desse acontecimento mais do que necessário nestas terras brasileiras: a 27ª Oficina de Música de Curitiba. Simples e maravilhosamente apenas isso: Música!

Como fica elegante dizer, "ministrei" o curso de guitarra. Lá diziam que era o curso de "guitarra brasileira", mas prefiro dizer apenas "música na guitarra". Como tentei deixar claro numa das aulas, o curso foi de "música na guitarra"; sem limites, preconceitos, bandeiras ou qualquer coisa que gere separatismos. Acredito no instrumento e no músico a serviço da Música, simples assim.

Foram duas turmas por dia, uma às 10 e outra às 14h, durante dez agradabilíssimos dias. Tivemos, em média, 12 alunos por turma, mas sempre apareciam visitantes bem-vindos de outros cursos - além de músicos amigos pra canjas como o Júlio "Chumbinho" Herlein (de Porto Alegre), Ricardo Hertz (Paris/SP), etc. Todo mundo muito afim de ouvir música, de aprender músicas novas, de trocar idéias e experiências, e muita gente boa tocando. Fiquei surpreso com os alunos, gente já bem encaminhada, chamando músicas ótimas pra tocar. Tocamos juntos na maior parte do tempo, falei de minhas experiências (poucas mas sinceras) e mostrei algumas coisas bem práticas. Uma experiência riquíssima, sem dúvida.

À noite rolavam os sons do chamado "Evento Off" pelos bares de Curitiba. É importantíssimo salientar que toca-se à vontade nos bares dessa cidade, sem que nenhum idiota venha pedir pra abaixar o volume ou algo parecido - coisa que virou praxe em alguns bares de São Paulo... Lá os bares são construídos (ou preparados propriamente) pra se ter música ao vivo. As pessoas que estão assistindo ouvem a tudo silenciosamente, com respeito; os músicos tocam à vontade, com real liberdade de expressão; tem um palco na maioria das casas, assim como sistema de P.A. e iluminação apropriada. Enfim, estes são exemplos que poderiam ser seguidos em São Paulo, a maior metrópole da América Latina, ok, mas cuja maioria dos bares (dou aqui mais dois exemplos tristes) agendam um artista pra tocar no máximo uma vez por mês (o que não gera a mínima continuidade e, conseqüentemente, público), e onde o ideal para muitos desses proprietários é o músico que toca pra servir como fundo musical pra conversas de gente mal-educada que ainda reclama de pagar couvert artístico! É realmente lamentável... São Paulo merece muito mais do que isso, concorda?

Bem, os sons que toquei no "Evento Off" foram os seguintes:

Dia 18/01: canja com Daniel D'Alcântara no bar Realejo;
Dia 19/01: Duo com Thiago Espírito Santo (baixo) no bar Hermes;
Dia 20/01: canja com Paula Mirhan e Wagner Barbosa no SESC da Esquina, no lançamento do disco "Amanhecer" - esticando para canja no bar Realejo (que tem uma ótima cozinha árabe, diga-se!);
Dia 21/01: canja no bar John Bull com Thiago Espírito Santo, Marco Lobo (fantástico percussionista), Endrigo Bettega (bateria), Jeff (bateria), Serginho Coelho (trombone) e João Paulo (sax);
Dia 22/01: Trio com Márcio Bahia e Thiago Espírito Santo no Basement Pub. Som muito bom, com canjas ao final com os amigos André Marques, Ricardo Hertz, João Paulo, Serginho Coelho, e os amigos argentinos Willy Gonzalez (baixo) e Mario Gusso (bateria);
Dia 23/01: duas TVs na parte da manhã e tarde, respectivamente: Bandeirantes (ao vivo) e TV Educativa (entrevista gravada), ambas tocando em duo com Thiago Espírito Santo. À noite: Quarteto com Gabriel Grossi (gaita), Thiago Espírito Santo e Endrigo Bettega (bateria) no Beto Batata Barigüi. Show lindo, viajante e musical ao extremo;
Dia 24/01: canja (às 03 da manhã - isso é que é vontade de dar canja...) no Basement Pub com Vinícius Dorin, Daniel D'Alcântara, Gringo (baixo) e Endrigo Bettega;
Dia 26/01: canja no Gazebo do Batel a convite do amigo guitarrista Jackson de Curitiba com o grupo dele;
Dia 27/01: Concerto dos Professores no Teatro da Reitoria com o Septeto: Vinícius Dorin, Daniel D'Alcântara, Paulinho Malheiros (trombone), Thiago Espírito Santo, Marco Lobo e Márcio Bahia.

É isso, amigos: quando se tem boa vontade pra organizar um evento desses, tudo acontece da melhor forma.

Agradecimento especialíssimo e indispensável ao querido amigo e músico Glauco Soulter pelo convite, pelo empenho, pela dedicação, pela direção artística, pela amizade e pela música. Quebrou tudo, Glauquito! Mais una vez...

Parabenizo também a todos os envolvidos (diretores - em especial Janete Andrade e Sérgio Albach -, monitores, monitoras, todo pessoal da Fundação, alunos, amigos, público que foi nos ouvir, enfim, TODOS!) pelo sucesso da Oficina, com todo o respeito, sinceridade, amizade e alegria. Foi maravilhoso!

E aguardem por mais sons aí em Curita!!!!!!!!!

Abração,
Michel

2 comentários:

Anônimo disse...

foram du caralho as aulas!
e os sons tbm!

abraço

Michel disse...

Valeu, Jonas!
Abração e até a próxima!!!!
Michel